09 março 2017

Número de transplantes cresce 5%, mas recusa de doação por famílias ainda é alta

A taxa de doadores de órgãos efetivos aumentou 5% no Brasil no ano passado, em comparação com 2015, mas continua abaixo da esperada. A informação faz parte de um levantamento estatístico sobre a realização de transplantes no país, divulgado hoje (9) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, na sede da Academia Nacional de Medicina, no Rio. Segundo Barros, a recusa de doação de órgãos pela família ainda é um desafio para a expansão do serviço.
"A cada ano, batemos novos recordes, mas em algumas modalidades de transplante temos cinco anos de fila de espera, cerca de 40% das famílias se recusam a fazer a doação dos órgão de parentes falecidos. Então, há um conjunto de medidas a tomar", disse Barros. "Para reduzir as filas, já que temos excelente infraestrutura de hospitais especializados em transplantes, precisamos fazer campanhas de conscientização para que as famílias autorizem a doação de órgãos, facilitar a regulação da legislação que envolve essa questão", acrescentou.
Nas regiões Sul e Sudeste, a taxa de  recusa é de cerca de 30%; nas regiões Norte e Nordeste, o percentual chega a 40%.
Ao todo, 2.983 pessoas foram doadoras de órgãos no ano passado, sendo 357 para o transplante de coração. O aumento desse tipo de procedimento foi de 13% no período.
O número de transportes de órgãos feitos pela Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou de cinco, em 2015, para 172 em 2016. Desde junho do ano passado, a FAB tem uma aeronave à disposição para o transporte de órgãos ou de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em relação à fila de espera, cerca de 41 mil pessoas aguardavam por um transplante em 2016, a maioria de rim (24.914).

MPF pede anulação de regra da Anac que permite cobrança de bagagem em voos

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu que a Justiça anule liminarmente as novas regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que autorizam as companhias aéreas a cobrar taxas para o despacho de bagagens a partir de 14 de março. A norma, que consta da Resolução nº 400, de 13 de dezembro do ano passado, vale para voos domésticos e internacionais. Segundo o MPF, “a cobrança fere os direitos do consumidor e levará à piora dos serviços mais baratos prestados pelas empresas”.

Atualmente os passageiros têm direito de despachar itens com até 23 quilos em voos nacionais e dois volumes de 32 quilos, cada, em viagens internacionais, sem pagar taxas extras. Na cabine, os consumidores podem levar bagagens que não ultrapassem 5 quilos. O Artigo 13 da nova resolução da Anac elimina a franquia mínima de bagagem despachada, alertou o MPF. O valor pago pela passagem incluiria apenas a franquia da bagagem de mão de 10 quilos, peso que pode ser reduzido “por motivo de segurança ou de capacidade da aeronave”.

O órgão argumenta que a Anac fez a mudança sem analisar a estrutura do mercado brasileiro, nem o impacto da medida sobre os passageiros com menor poder aquisitivo. Além disso, uma perícia realizada pelo MPF concluiu que “o objetivo das novas regras é ampliar o lucro das companhias, que reduzirão a qualidade dos serviços de menor custo, já embutidos no valor das passagens, e aperfeiçoarão os pacotes mais caros para estimular os consumidores a comprá-los”.

De acordo com o MPF, a nova norma contraria o Código Civil, que garantiria a inclusão da bagagem despachada no valor da passagem, e o Código de Defesa do Consumidor, que veda a chamada venda casada e a cobrança de taxas manifestamente excessivas. “A resolução também vai de encontro à Constituição ao provocar o retrocesso de direitos já adquiridos pelos consumidores”, alega o MPF.
“A Resolução nº 400, ao permitir a limitação da franquia de bagagem, destoa de seu fim precípuo de existir, pois não tutela os consumidores e acentua a assimetria entre fornecedor de serviço e consumidor. Não restam dúvidas [de] serem abusivas as limitações impostas pela mencionada resolução, deixando o consumidor em situação de intensa desvantagem”, disse o procurador da República Luiz Costa, autor da ação que pede a anulação das novas regras.

Costa destacou ainda a "insensatez" da cobrança extra considerando-se os longos trechos percorridos não só em voos internacionais, mas também em domésticos, dada a dimensão do território brasileiro. A bagagem, segundo ele, é inerente ao próprio deslocamento e "dissociá-la representa uma exigência excessiva ao consumidor. Levantamento da própria Anac indicou que o peso médio da bagagem transportada por passageiro é superior aos 10 quilos franqueados pela nova norma da agência.

O MPF pede também que a Anac esclareça quais os critérios para a eventual restrição do peso da bagagem de mão prevista no Artigo 14 da resolução, que cita genericamente a segurança e o porte da aeronave como motivos para a redução. Sem requisitos claros, o texto permite que a franquia mínima de 10 quilos seja desrespeitada "arbitrária e abusivamente", segundo o MPF. “A falta de transparência viola a política nacional de relação de consumo. É direito básico do consumidor a informação e a oferta adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços”, acrescentou o procurador Luiz Costa.

Meirelles: "precisamos avaliar a capacidade da sociedade de pagar a Previdência"

Ministro explicou que com gastos da Previdência, despesas públicas cresceram para 19% do PIB em duas décadas

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que é preciso avaliar a capacidade da população brasileira de pagar a Previdência.
Segundo ele, o crescimento dos gastos entre 1991 e 2015 foi puxado, principalmente, pelas despesas previdenciárias. “A trajetória é crescente. Em todos os mandatos, os presidentes terminaram com despesas maiores do que começaram. Isso mostra claramente a insustentabilidade das contas públicas brasileiras”, afirmou.
A fala de Meirelles ocorreu no Fórum Estadão sobre Reforma da Previdência, em São Paulo, nesta quinta-feira (09). Ele abriu o evento e relatou o quanto as despesas públicas têm crescido nos últimos anos. O ministro argumentou que ninguém questiona a importância da Previdência, mas defendeu que o sistema precisa ser sustentável para não se tornar um peso para a sociedade.
“A Previdência brasileira tem um ponto positivo: ela é generosa. Ninguém questiona que isso é algo positivo, que é uma coisa que deve ser perseguida”, afirmou. “Por outro lado, a questão não é essa. Quem paga isso é a sociedade brasileira, e temos de avaliar a capacidade da sociedade brasileira de pagar”, argumentou.
Peso da Previdência no Orçamento
Meirelles explicou que a Previdência, nas últimas décadas, ganhou muito espaço no Orçamento público. “Fica evidente que é uma trajetória insustentável. Se compararmos a despesas primários do governo central com o PIB, vamos ver que ela partiu de 10,8% do PIB, em 1991, para cerca de 19% do PIB, hoje. É uma trajetória crescente e ininterrupta”, observou.
A maior parte desse avanço nas despesas, observou Meirelles, foi puxada pela Previdência. “Em resumo, o grande foco da evolução das despesas públicas no Brasil, nesses 25 anos, é basicamente concentrada, em grande parte, na Previdência Social”, explicou.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Fazenda e do Estadão

RN recebe programa Criança Feliz


O governador Robinson Faria assinou nesta quarta-feira (8) convênio com o Governo Federal para implantação do programa Criança Feliz que vai atender crianças de 0 a 6 anos de idade em situação de vulnerabilidade social.

O Criança Feliz vai atender 18 mil famílias em 127 municípios do RN cujas prefeituras se habilitaram a participar do programa. Uma equipe de visitadores irá semanalmente à residência das famílias cadastradas pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) fazer o acompanhamento e promover ações de assistência social, saúde e educação.



Robinson Faria disse no ato de lançamento que “o Criança Feliz reúne em um só programa várias ações de acolhimento a crianças, mães e gestantes para suprir suas carências e proporcionar um melhor vínculo afetivo e cuidados”.

O governador explicou que a iniciativa que se efetivou nesta quarta-feira, iniciou com pleito da Sethas junto ao Governo Federal para o atendimento às crianças que sofrem problemas como conflitos familiares, pais drogados, condutas impróprias e pobreza extrema. “Nosso governo é da cidadania. Um governo que pensa e cuida também da geração de crianças hoje na faixa de zero a seis anos, quando muitos problemas podem ser evitados para termos cidadãos mais saudáveis e socialmente integrados”.



A secretária da Sethas, Julianne Faria, ressaltou que o Criança Feliz é uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal. “A Sethas vai coordenar esse trabalho no Estado e até desenvolveu um software próprio para cadastrar as crianças e famílias beneficiadas. O software foi desenvolvido pelos próprios servidores da Sethas, sem custo extra, e vai permitir o acompanhamento diário das crianças e mães beneficiadas, quais as suas demandas, o que está sendo feito, onde residem. Com ele teremos conhecimento em tempo real do que está sendo feito nos municípios”, explicou.

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra participou do lançamento do Criança Feliz e mostrou a sua importância para a saúde pública e para as novas gerações que passam a ter assistência desde a primeira infância nas áreas da saúde e educação. São ações que irão evitar consequências indesejadas na vida adulta. O ministro elogiou a iniciativo do Governo do RN em implantar o programa: “O Rio Grande do Norte vai ser exemplo para o Brasil na mobilização e execução de programas de assistência à população”, afirmou.


O lançamento no auditório da Escola de Governo contou com as presenças de secretários de Estado, da promotora de Justiça da Infância e da Juventude, Sandra Angélica, dos prefeitos dos municípios de Caicó, Lajes, Caraúbas, Currais Novos, Luiz Gomes, São Gonçalo do Amarante, Campo Redondo, Jundiá, Rio do Fogo, Pedra Grande e Marcelino Vieira e gestores municipais nas áreas da saúde, educação e assistência social.

Liberação do FGTS começa nas agências da Caixa nesta sexta (10)

Quem tem dinheiro parado em uma conta inativa do Fundo de Garantia está autorizado a sacar a partir desta sexta-feira (10) cedo nas agências da Caixa.
Para muita gente essa sexta-feira (10) é o dia mais esperado do ano. Quem nasceu em janeiro ou fevereiro e que pediu demissão ou teve seu contrato de trabalho finalizado por justa causa até 31 de dezembro de 2015 está contando as horas.
O dinheiro depositado no Fundo de Garantia rende muito pouco. Por isso, a expectativa é que todo mundo que tem direito, corra para sacá-lo. É praticamente um presente de aniversário mesmo para 4,8 milhões de beneficiários que entram agora na primeira fase do cronograma de liberação de recursos de contas inativas.
Valores até R$ 3 mil podem ser sacados com o cartão cidadão e senha no autoatendimento. Acima de R$ 3 mil, os saques têm que ser feitos em uma agência da Caixa.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, 34% dos beneficiários já fizeram adesão para crédito em conta, 25% vão usar cartão cidadão e senha para sacar o dinheiro. Os 41% restantes, que estão sem a senha, sem o cartão ou que têm direito a mais de R$ 3 mil, devem procurar as agências da Caixa Econômica Federal a partir de sexta (10). A recomendação é que o trabalhador leve documento de identidade e carteira de trabalho.
Para atender à demanda, a Caixa preparou um esquema especial. Sexta (10), segunda (13) e terça (14) todas as agências vão abrir duas horas mais cedo. No sábado (11), as grandes agências vão funcionar.das 9h às 15H.
Quem tem direito ao saque nessa primeira etapa e consultou o site viu o saldo zerado, mas não precisa se assustar. Clayton Rosa Carneiro, superintendente regional da Caixa explica: Isso é normal porque está em fase de reprocessamento exatamente para o pagamento para sexta (10). O dinheiro não desapareceu, saiu de um lugar e foi para outro para o pagamento.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2017/03/liberacao-do-fgts-comeca-nas-agencias-da-caixa-nesta-sexta-10.html